quarta-feira, 20 de julho de 2011

Beatrix Potter: inspiração bucólica em plena Londres vitoriana

Beatrix Potter em sua fazenda:  Hill Top
Poucas pessoas já ouviram falar sobre Beatrix Potter. Não, não é alguma personagem dos livros de J.K. Rowling. Beatrix é a autora, e também a desenhista, das famosas histórias do Peter Rabbit (Pedro Coelho, em português), cujo desenho animado passava nas tardes da TV Cultura na década de 90, lembram-se?

Primeira edição do livro The Tale of Peter Rabbit, 1902

Beatrix nasceu em Londres, em 1866, em plena era vitoriana. Nascida em uma família da alta burguesia inglesa, Miss Potter teve uma boa educação e passava as férias de verão em diversas propriedades no campo. Além do mais, por ser uma mocinha introvertida e solitária, era nos seus bichinhos de estimação que a menina encontrava companhia. Assim, desde cedo ela tomou gosto por observar a natureza e, aos nove anos, ela já fazia seus primeiros desenhos de animaizinhos.

Beatrix aos 15 anos de idade

  Bem, desde criança eu era fascinada por aquele desenho. Pelas historinhas fofas e pelas paisagens belíssimas do interior da Inglaterra vitoriana. Ah, os vídeos abaixo mostram algumas das minhas cenas favoritas! Como eu sonhava, desde criança, só usar essas roupas antigas e saber escrever com uma bela pena. E ter um coelhinho fofinho assim!





De uma pureza e singeleza incríveis, seus desenhos, em sua maioria aquarelas, agradam crianças e adultos de todos os tempos. Como essa leveza e capricho faltam hoje nos desenhos infantis! São todos tão agressivos e mal acabados! Por isso, os livros de Beatrix Potter são indispensáveis nas bibliotecas de quem aprecia a literatura infantil.

Qual desses você acha mais apropriado para uma criança? 

Ren & Stimpy, exemplo de desenho animado atual

Jemima Puddle - Duck, personagem de B. Potter
Beatrix começou sua carreira modestamente, ilustrando cartões de Natal e outras ocasiões especiais. Apenas em 1902  The Tale of Peter Rabbit foi publicado, com ilustrações coloridas, pela Frederick Warne & Co. Tão grande fora o sucesso desse conto que, no ano seguinte, outros de seus livrinhos foram publicados. Tal fato foi repetindo-se durante vários anos, totalizando vinte e três publicações. Além de escritora, Potter foi também uma figura importante no movimento de preservação do campo na Inglaterra, o qual estava ameaçado pelo crescimento industrial.

Beatrix em sua velhice. A artista faleceu em 1943, aos 77 anos.

O filme Miss Potter, de 2006, com Renée Zellweger no papel principal, busca mostrar um pouco da vida pessoal de Beatrix, marcada por várias dificuldades. Entretanto, a peça cinematográfica ressalta excessivamente uma visão feminista da artista e tal parcialidade deve ser vista com cautela. Mesmo assim, o filme é muito gracioso e merece ser assistido.

A atriz Renée Zellweger como Miss Potter (2006)

Para quem se interessar mais pela obra de Beatrix Potter, sugiro uma visita ao site http://www.peterrabbit.com/home.asp . Em inglês, o site oferece material para professores, receitas, ilustrações, cartões, jogos, loja de produtos, livros eletrônicos, artigos especiais para bebês, entre outras fofurices e curiosidades.  

Ah, vale lembrar que A história do Pedro Coelho já foi publicada aqui no Brasil, em 2009 (infelizmente, por uma editora esotérica) :



Para terminar, mais algumas ilustrações dos contos de Beatrix Potter:

In: The Tale of Benjamin Bunny

In: The Tale of Peter Rabbit

In: The Tale of Jemima Puddle-Duck
In: The Tale of Squirrel Nutkin

In: The Tale of Pigling Bland





A Tradição vai à Aparecida - Peregrinação 2011

Visite: http://www.fsspx.com.br/exe2/

Assim como em 2010, a Tradição Católica do Brasil empreenderá uma peregrinação à Aparecida/SP, partindo de Pindamonhangaba, no dia 13 de Agosto. Para outras informações, escreva para contato@fsspx.com.br (São Paulo) ou capela@capela.org.br (Rio de Janeiro).

quinta-feira, 7 de julho de 2011

1, 2, 3 e 4 ...

"Um, dois três e quatro
Dobro a perna e dou um salto
Viro e me viro ao revés
e se eu cair conto até dez

Depois essa lenga-lenga
toda recomeça
puxa-vida, ora essa
vivo na ponta dos pés

Quando sou criança
viro o orgulho da família
giro em meia-ponta
sobre minha sapatilha

Quando sou brinquedo
me dão corda sem parar
se a corda não acaba
eu não paro de dançar.

Sem querer esnobar
sei bem fazer um gran de car
E pra um bom salto acontecer
Me abaixo num demi plié

Sinto de repente
uma sensação de orgulho
se ao contrário de um mergulho
pulo no ar um gran jetté

Quando estou no palco
entre luzes a brilhar
eu me sinto um pássaro
a voar, voar, voar

Toda Bailarina
pela vida vai levar
sua doce sina
de dançar, dançar, dançar"
(Toquinho) 

É fácil vermos atualmente pelas lojas uma tendência muito feminina e delicada, da qual as moças podem aproveitar muitos itens. A moda ou tendência balé, como o próprio nome diz, é inspirada nos figurinos das bailarinas e em seus movimentos graciosos. Logo, tons pastéis, tecidos fluidos e modelagens amplas, que permitem a movimentação, são  garantidos nas peças dessa tendência. 
  
Entretanto, como tudo que vem da moda atual, é necessário ter algumas reservas em relação a esse estilo. A tendência balé traz consigo muitas transparências e cores muito próximas aos tons de pele, como o nude e o bege. Assim, tais características são descartáveis se quisermos nos vestir modestamente. Entretanto, as variações dos rosados, se usadas com moderação e bom senso, deixam as produções super românticas. Além do mais, o uso de cores mais suaves em alguns acessórios é permitido, dando naturalidade à combinação.

Crochê, Filó,  Amor Doce, Fitilho, Babados e outros esmaltes fofos em tons pastéis da Impala
  

Maquiagem nude: natural e delicada


Sapatinhos em tons de bege e nude

Uma bailarina não é uma bailarina se não tem ao menos um tutu. Por isso, é de se imaginar que as volumosas saias de tule também sejam copiadas ou adaptadas para o dia a dia quando se trata da moda balé. Os modelos logo abaixo são inspirações bonitas, mas nada práticas para o cotidiano de qualquer mulher. Elas podem ser, portanto, inspirações para uma roupa de festa, mais elaborada.





Porém, uma alternativa para trazer o tule para o dia a dia é o modelo de saia a seguir. Ao invés de fazer o papel de forro, o tule fica sobreposto ao tecido principal, uma malha ou um tricoline. O efeito é encantador:




 

 Também são típicos de uma bailarina o coque alto e as sapatilhas. Veja algumas opções de como eles podem ser usados em nossos looks ao longo do dia:


Com fita ou simples, o coque alto é um penteado muito elegante
 

As fitas também remetem ao universo do balé. Aqui, um penteado mais sofisticado e muito feminino



Bailarina de salto alto

Sapatilha baixinha e confortável. Ótima para ir à faculdade, pra quem anda bastante


E por que não sapatilhas no pescoço?

 Embora a maioria dos tecidos com bastante fluidez sejam mais finos e, portanto, mais apropriados para as estações de calor, o estilo bailarina pode sim ser usado de uma forma mais "quentinha"(o que se torna mais do que necessário com o frio congelante que temos sentido em São Paulo...brrr). Tons de cinza, vinho e bege mais escuro surgem para dar mais sobriedade à combinação e para encorpar os tecidos. Veja:


Sweaters com modelagens amplas e tons sóbrios



Saia longa para proteger bem as pernas do frio
 
 Assim, com os ajustes necessários à modéstia (roupas que não sejam justas, transparentes ou com cor idêntica à sua pele, saias abaixo dos joelhos, decotes que não sejam profundos e ombros cobertos), podemos aproveitar vários itens das lojas para este inverno que seguem a tendência balé. Deixo logo abaixo três looks diferentes com inspiração nesse estilo. Espero que tenham gostado!


Saia plissada e cabelo preso no alto alongam a silhueta
Embora a cor da saia não seja aconselhável  a essa moça, o vermelho do casaco dá um destaque à produção de cores pastéis 
Muito romantismo com um cardigã de mangas princesa e saia de babados em camadas