sábado, 28 de julho de 2012

Milagres Eucarísticos: O milagre de Avignon, França

Este milagre ocorreu em 1433, na capela da Confraria dos Penitentes Cinzas, em Avignon. O texto é tradução do original em espanhol do calendário 2012 da FSSPX - distrito da América do Sul.


No dia 30 de novembro de 1433 o Santíssimo Sacramento fora exposto para a adoração pública na pequena capela da Confraria dos "Penitentes cinzas". Ocorreu que nesse mesmo dia a cidade de Avignon sofreu uma inundação devido ao transbordamento  do rio que a atravessa, o Ródano. Dois mebros da Confraria conseguiram chegar com um barco à capela onde estava exposto o Santíssimo. Ao entrar na capela viram que as águas haviam se separado à esquerda e à direita, de modo que o altar e a Custódia estavam secos. Até hoje, todo 30 de novembro, os irmãos da Confraria se reúnem para celebrar a memória do Milagre.





sexta-feira, 27 de julho de 2012

Reflexões de um fim de julho

Hoje foi meu último dia de férias. Ok, já é madrugada, então foi ontem. Mas, como eu ainda não dormi, pra mim ainda é hoje. Às vezes dá uma certa angústia me deparar com este ciclo interminável de aulas-férias-aulas-férias. Parece que minha vida se resume a isso há dezessete anos. Em breve, espero (?), terei também nesse grupo o "emprego". Estudar, trabalhar, breve descanso, estudar, trabalhar. Parece um eterno e imutável trinômio e isso me assusta. Trabalhar pra viver? Viver pra trabalhar?

Gostaria de fazer um curso de pintura, aprender francês e também uma atividade física, porque começo a perceber que isso é mesmo necessário. Queria ler mais o que eu quero, rezar mais, visitar lugares lindos, estar com as pessoas que eu amo. Passar mais tardes com meu irmão, dormir na casa da minha avó enquanto ela está entre nós, sair pra jantar com meu namorado e nossos amigos. Queria cuidar melhor das minhas plantas, me dedicar mais aos estudos do que me interessa. Mas não, não tenho tempo de conciliar tudo.

Trabalhar, acordar cedo, conviver pouco com a família e viver estressado são quase que virtudes hoje em dia. Se você não estiver dormindo na condução ou reclamando do congestionamento que você enfrentou para voltar pra casa você não deve levar a vida a sério, deve ser acomodado e ter tudo muito fácil. Não suportar esse ritmo louco de deveres extensos e tempo curto é frescura. Você não tem o direito de se sentir esmagado pelo mundo e ser contra isso, de gritar por uma pausa, de surtar um pouco. Isso é fraqueza, gente que não aguenta o tranco da vida de verdade.

  
Mas o que é a vida, na verdade? Se eu realmente, lá no fundo, acreditasse que ela se resume apenas a esse trabalhar-estudar-descansar pouco-trabalhar-estudar eu já teria me matado. Sim, pois isso é deprimente. É claro que não estou dizendo que devemos viver sem uma ocupação que nos garanta o sustento ou sem os estudos. O trabalho é importante e é até mesmo um dever, porém  ele é um meio, não um fim. O que vale mesmo nessa vida é o que teremos depois dela. Mas para chegar lá, temos de driblar todo esse materialismo que inunda nossos corações, resultado da ética protestante calvinista, do marxismo e do capitalismo selvagem, e focarmos (sem trocadilhos, por favor) na eternidade.

Mas por que isso é tão difícil? Por que é tão complicado se desvencilhar desse ciclo nauseante de correr contra o tempo para fazer um monte de coisas que, no final, não vão nos levar a lugar algum? O que será que nos impede de encontrarmos o equilíbrio entre nossos deveres neste mundo e o que vai nos levar ao Céu? Por que essa angústia e desânimo por um semestre que ainda nem começou?

Como sou fraca. Por mim mesma apenas, tenho nada.