segunda-feira, 22 de novembro de 2010

1ª Peregrinação Nacional da Tradição a Aparecida (Parte II)

Atenção: Esta postagem é a continuação de outra. Clique aqui para ler 1ª Peregrinação Nacional da Tradição a Aparecida (Parte I)

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Por volta do meio-dia, recebemos um aviso de D. Lourenço: estávamos chegando ao "restaurante" em que íamos almoçar. Era uma área com grama e barro, por causa da chuva. Trouxemos toalhas e lanches para um pic-nic. Cada um se ajeitou como pôde, uns sentaram-se em uns tijolos que estavam lá jogados, outros ficaram nos carros de apoio, que estavam amparando a procissão e amparando quem precisasse de água ou se sentisse mal.


Hora do almoço


Era tudo muito simples, no meio do mato...mas é nesses momentos, onde não há conforto e comodidade que podem suscitar os vícios, que a caridade cristã surge com toda sua força. Compartilhamos comida, conversas, risadas e o amor a Cristo e a sua Mãe Santíssima.  Quanto aos desconfortos causados pelos 20 Km de caminhada, prefiro não dizer nada. Como dizer algo sobre isso depois do aviso de D. Lourenço, que nos falava para não reclamarmos das bolhas e dores que poderiam surgir e para seguirmos, após o almoço, sem desânimo e com ainda mais vigor? Afinal, aquele não era um simples passeio. Era uma peregrinação de penitência e oração. Além do mais, já havíamos ganhado uma consolação de nossa Mãezinha: não chovia e pudemos prosseguir todo o caminho com tempo bom.

Continuamos, pois o caminho, rezando o Rosário e cantando. Cerca de uma hora depois, fizemos uma última parada antes de chegarmos à igreja de São Benedito em Aparecida. Depois de um pequeno engano quanto ao percurso, adentramos na zona urbana de Aparecida. Mais uma vez, os moradores das humildes casas olhavam-nos com curiosidade e simpatia. Claro, sempre tem um protestante desequilibrado para lançar suas injúrias...Um gritou para que lêssemos a Bíblia e não adorássemos imagens, a acusação mais sem fundamento e mais repetida por eles. Era melhor ignorá-lo e rezar por sua conversão. Não entendi o porquê, mas algumas crianças gritaram "Papai Noel, Papai Noel!" enquanto passávamos. Uai, ninguém estava paramentado ou vestido de vermelho. Vai entender esses pequenos...rsrs.


Chegada a Aparecida
A Basílica ao fundo



O trânsito na cidade estava intenso, com a movimentação de romeiros. Mas, mesmo assim, conseguimos passar por ele e chegarmos à igreja. Ela estava linda e lotada. Muitos fiéis que não participaram da procissão sabiam da missa e estavam lá à espera. Pe. Maret celebrou uma linda missa solene, com D. Lourenço e Pe. Ernesto como diácono e subdiácono, respectivamente. Pe. Alejandro juntou-se ao coro para dirigi-lo, mas também atendeu às confissões de quem ainda não tivera recebido o sacramento. Muitas pessoas entravam na igreja e ficavam curiosas ao ver, talvez pela primeira vez, a missa de sempre. E lá permaneciam, assistindo à missa, fascinadas pela beleza do rito e ouvindo com interesse o sermão do Pe. Daniel.

Me comoveu muito saber de uma senhora que chorou e disse para um dos rapazes que aquela era a missa de sua infância, que era uma graça termos isso em São Paulo. Fiquei triste por saber que, provavelmente, aquela seria a última vez que a senhora veria a missa tridentina. Fiquei triste também por outras pessoas simples, que não tem conhecimento pleno da crise, mas percebem que algo está errado, que coisas "estranhas" acontecem. Porém, como já disse Santa Teresinha, tudo é Graça. Ora, quantas pessoas que ali estavam pela primeira vez puderam fortalecer sua fé, se converter, obter graças temporais e espirituais... Isso foi um grande consolo para meu coração.



Chegada a Igreja de São Benedito em Aparecida


Durante a missa, Pe. Maret ressaltou novamente a importância de rezarmos pelo sacerdócio. Sem ele, não há o Santo Sacrifício no altar, não há a conexão com a eternidade, com o espiritual, através dos sacramentos. Pediu também para rezarmos pelas vocações, pelos padres, pelo Papa. Depois da missa, ele rezou a consagração à Nossa Senhora Aparecida e, logo depois, entoou o hino a São Pio X e o Christus Vincit, seguido pelo coro.


Santa Missa: elevação da Hóstia


Santa Missa: comunhão


Infelizmente, devido ao horário e ao compromisso com a empresa de ônibus, o pessoal do Rio de Janeiro teve de ir embora logo após a missa. Contudo, o grupo de São Paulo que estava de ônibus conseguiu ir à Basílica, apesar da chuva que se iniciava. Ao visitarmos a imagem, fiquei muito emocionada. Estava ao lado do meu querido Fernando e, juntos, rezamos à Nossa Mãezinha, agradecendo e pedindo graças. Rezamos também, junto com o Pe. Alejandro, um mistério do terço, aos pés de Nossa Senhora Aparecida. Depois, demos uma passadinha nas lojinhas. Eu e o Fer compramos uma imagem de Nossa Senhora, sem o manto, para não esconder a beleza da imagem original. Por fim, voltamos ao ônibus, onde o Pe. Maret abençoou os objetos e imagens de devoção comprados. 


Visita à Basílica
Imagem original de Nossa Senhora Aparecida


Terminava a  1ª Peregrinação da Tradição a Aparecida, com uma volta para casa tranquila e feliz. Saí dela com a fé e a esperança fortalecidas, e convencida de quão importante é para a alma a mortificação do corpo junto com a oração.
Que Nossa Senhora Aparecida guarde o Brasil e seus filhinhos na verdadeira Fé, fazendo desta Terra de Santa Cruz!

Viva Nossa Senhora Aparecida! 

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